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Minas da Borralha, Centro Interpretativo – uma romaria!



 As Minas da Borralha foram o principal centro mineiro de Portugal de exploração de volfrâmio. Com inicio no seculo XX (1902) e encerradas em 1986, a produção global rondou as 18500 toneladas. Teve dois períodos de paragem (1944/46 e 1958/62).

 Aldeia da freguesia de Salto, para aqui vieram, muitas famílias de diversas regiões trabalhar, a maior parte do Minho. A todas era oferecida casa, água e energia elétrica. No concelho de Montalegre era uma aldeia diferente - industrial. Cresceu com a criação de diversas infraestruturas necessárias à dimensão da empresa, como: lavarias, fundição, afinagem, oficinas, armazéns, carpintaria, britadores, stockwerk, etc.

 Foram construídos bairros, todos com caraterísticas diferentes, para albergar, cerca de cinco mil pessoas: Bairro Novo, Pedrinha, da Guarda, Ladeira do Vale, dos Engenheiros, Lavaria Nova, Trincheira e Quartos Novos.

 Havia o necessário apoio à comunidade local: Escolas, G.N.R., Correios, Posto Médico, Escritórios, Cantina, Cinema…

 O nome vem de Domingos Borralha, filho do moleiro ali instalado, junto ao rio, que foi trabalhar para as minas de Coelhoso – Bragança (inicio do século XX) e indicou aos patrões franceses, onde era a sua terra com muitas dessas pedras negras!

 A história destas minas é riquíssima. As vivências de quem por lá passou! A Fárria! Os apanhistas! Os momentos de riqueza! As horas de dor!... As canções que a imortalizaram! Muito já se disse e escreveu, mas muito mais há, para registar para memória futura!...

 Depois de vários anos de abandono, a Câmara Municipal de Montalegre investiu e não deixou, nem aquela gente, nem aquele património abandonado. Começou, por adquirir as casas e oferece-las aos seus habitantes. Agora, adquiriu, todos os edifícios. Fez uma candidatura, a rondar os dois milhões, comparticipado por fundos comunitários e está a recuperá-los: O edifício dos compressores, a fundição, o escritório, a pensão, o cinema, o grupo D… Assim, nasceu o Centro Interpretativo das Minas, que no dia 10 de julho de 2015, abriu portas ao público.

 Agora, aberto diariamente. As visitas têm chegado de todo o lado, com o intuito de conhecer a história deste enorme couto mineiro e alguns para percorrerem os seus trilhos: o do Mineiro e o do Farrista.

 Também, alunos das Universidades de Lisboa, Porto, Minho, Aveiro e Viana do Castelo; Vários Agrupamentos Escolares; Grupos organizados, como: o da Aventura na Saúde (foto); Clube Português de Mineralogia; Clube de Fiat Clássicos; a Associação de Cicloturismo do Minho; a jornalista Cândida Pinto; o escritor Daniel Bastos; o fotografo José Carlos Costa, entre outros; grupos de fotógrafos; vários professores e estudiosos. Estas são algumas das mais de 6.600 visitas já registadas neste Centro Interpretativo.

 Para além, de avançarem outras recuperações do património, está a ser elaborado um circuito turístico: caminho dos túneis G, E e F com visita ao interior da mina, até ao poço vertical, para dinamizar ainda mais, o segundo aglomerado populacional da freguesia, com cerca de duzentas almas.

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